No século XX os métodos de ensino de língua estrangeira atingiram seu auge: durante esse período vários métodos foram desenvolvidos, modificados ou aperfeiçoados. Com a ajuda de teorias advindas da Linguística, Psicologia da Educação, Sociologia, Sociolinguística, entre outras ciências e disciplinas, o ensino de línguas se aperfeiçoou cada vez mais, na busca de eficiência e eficácia.
Nas escolas do Brasil e do mundo há sempre uma influência para se aprender uma segunda língua. No Brasil, a princípio o Francês (e antes, o Latim), já hoje aprende-se a Língua Inglesa, devido à influência dos Estados Unidos na economia global, além do fato de diversos outros países já terem adotado o Inglês como língua dos Negócios, Ciência e Cultura.
Foram criadas várias abordagens, entre elas, a AGT (Abordagem da Gramática e da Tradução). Esse método é um dos mais utilizados nas escolas: com ele pretende-se ensinar a segunda língua pela primeira, isto é, dando-se todas as explicações necessárias na língua materna para que o aluno desenvolvesse as quatro habilidades (falar, compreender, escrever, ler). A memorização de listas de palavras e a tradução de textos literários tem papel central nessa abordagem. Trata-se de uma abordagem dedutiva, que enfatizava a forma escrita da língua.
A AD (Abordagem Direta ou “Método Direto”) pretende que a língua-alvo se aprenda através da mesma, ou seja, a língua materna não deve ser usada em sala. Para o entendimento do aluno usa-se da mímica, gravuras, entre outros recursos. É uma abordagem indutiva, com ênfase na oralidade.
A abordagem do Método da Leitura busca desenvolver no aluno a habilidade da leitura. Neste método é ensinada ao aluno somente a gramática que será útil para posterior leitura, mas ainda não se dá ênfase na pronúncia correta; enquanto o enfoque é na gramática, o vocabulário é controlado para ser aumentado apenas mais tarde.
Já na “Abordagem Audio-Lingual”, que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando o exército americano precisava de falantes fluentes de várias línguas estrangeiras. A tradução era contemplada através da utilização da Análise Contrastiva, na sua versão forte. O termo ‘versão forte’ diz respeito à analise constrativa desenvolvida por Krashen, para se referir à comparação dos sistemas fonológicos, lexicais, sintáticos e culturais das duas línguas cotejadas no ensino/aprendizagem, a saber, da primeira e da segunda línguas, visando a prever os erros dos alunos.
O método funcional ou abordagem comunicativa (AC) surgiu nos anos da década de 70 e ganhando força total nos anos 80; procurou, com seu enfoque, não ser extremista. A maior preocupação com o uso da língua como comunicação surgiu a partir de pesquisas mais recentes nas áreas de psicolingüística, sociolingüística, filosofia da linguagem e teoria da informação. O equilíbrio visado apoia-se no conceito da competência comunicativa, que encara a realidade lingüística como algo formalmente possível, viável, adequado ao contexto e realmente factível (isto é, que pode ser feito).
Com o tempo a tradução foi perdendo o espaço dentro da sala de aula. Hoje os professores não a utilizam tanto como costumavam, nem se prendem a um único método ou teoria, buscando em vários lugares aquilo que lhe parecer mais útil ou trouxer melhor resultado em sala.
Hoje em dia o aluno conta, ainda, com as formas eletrônicas de aprendizado, em especial a internet, que tem apostado no aprendizado colaborativo: diversas redes sociais voltadas para o aprendizado de várias línguas, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, definindo seus próprios objetivos e escolhendo a maneira de aprender que melhor lhe sirva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário